Télebronet - Verão

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11.12.04


Historinhas Pra Boi Dormir

Chuva Silenciosa no Ônibus

Estava chovendo, pra variar. Desci no Terminal Norte e o ônibus para o Centro estava lotado. Esperei o próximo, que não demorou a chegar. Subi e quase todos os lugares já tinham sido ocupados, exceto alguns. Sentei-me naqueles bancos de costas para o motorista, e no assento ao meu lado, havia uma mini-poça de água. Na minha frente estava sentada uma mulher de meia-idade, vestida com umas roupas jeans meio feias.
Não demorou muito, um homem ruivo, com pasta de professor, sentou-se no banco molhado, tomando o cuidado de "jogar fora" a água que estava ali. O ônibus demorou a sair do terminal e quando entrou em movimento, parou em todos os pontos. Nos seus primeiros movimentos, eu e a mulher jeans pudemos descobrir o que era aquela molhadeira. Havia uma goteira dentro do ônibus, bem em cima daquele assento. O ruivo percebeu, se levantou e ficou parado de pé ali por perto.
Num dos pontos, entrou uma senhora muito alegre, provavelmente um pouco surda também. Afastou a água e já ia sentando. Olhei para a mulher jeans, que também me olhava. Aquilo tinha virado um segredo. Éramos cúmplices dessas maldades. E por enquanto tudo ia dando certo, parecia que queríamos que todos os passageiros desavisados sentassem ali.
Mas quando a senhora surda ia sentar, o ruivo a segurou pelo braço. Ela demorou a lhe dar atenção, já estava quase sentada, quando ele lhe revelou o segredo. "Tem uma goteira bem ali em cima!" "Sente aqui", uma outra pessoa lhe cedeu o assento.
Olhei novamente para a mulher jeans, que novamente me olhava. Não tinha dado certo desta vez. Infelizmente...
Mais alguns pontos a frente e lá veio a próxima vítima. Um moleque de seus oito anos se sentou bem na outra ponta, praticamente fora do alcance da goteira. Sua mãe e seus prováveis dois irmãos vieram logo. O bebê ficou no colo do moleque, enquanto a mãe permanecia de pé. A menina ficou de pé também, entre os bancos, quase me impedindo de olhar para minha cúmplice de vez em quando. Ela usava óculos fundos e ficou me olhando fixamente por um grande tempo. Começou a me irritar.
A mulher jeans parou de me olhar. Distraía-se com a chuva fora da janela. A menina continuava a me olhar. Olhei para ela. Fixei-me nos seus olhos. "Vou vencê-la", pensei. E ela não era fácil. Continuou olhando fixamente, até que eu desisti. Olhei para o lado.
A mulher jeans não me olhava mais. Nunca mais me olharia.
A menina ainda me olhava. Depois parou.
Perdi minha cúmplice. O segredo estava desfeito. Telepaticamente, a menina nos venceu e descobriu tudo. Me olhava como se a culpa fosse toda minha.
Logo o ônibus chegou ao Centro e a mulher jeans, a senhora, o professor ruivo, o moleque, a mãe o bebê, a menina e eu descemos todos.
E ninguém havia pronunciado nenhuma palavra.


Duas da manhã, em Télebronet.
E aguardem o post de domingo... trago notícias boas, ótimas!



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Séries nada seriadas: 1.Re-Post; 2.Frases d'Efeito; 3.Coisas Velhas Ressucitadas Hoje; 4.Continho Besta Pra Matar Post.

Bibliografia que eu realmente li - Março: Harry Potter e a Pedra Filosofal [J. K. Rowling].

Autor: Thiago Ivo Hilger, 17, careca, revolucionário, reacionário, universitário, deísta, anarquista, contista, romancista, cronista premiado, calouro enfarinhado (e também maquiado pagando mico), primeiro colocado, compulsivo por baralho (mas em compensação por trabalho...), e por aí vou.

Biblioaudioteca (em ordem de aquisição): 1.Hits [Cidade Negra]; 2.Harry Potter e a Pedra Filosofal [J. K. Rowling]; 3.A História de Uma Folha [Leo Buscaglia]; 4.Neon Ballroom [Silverchair]; 5.Just Push Play [Aerosmith]; 6.Nine Lives [Aerosmith]; 7.Freak Show [Silverchair]; 8.One Hot Minute [Red Hot Chili Peppers]; 9.Acústico [Titãs]; 10.Avante, Soldados: Para Trás [Deonísio da Silva]; 11.Frogstomp [Silverchair]; 12.Harry Potter e a Câmara Secreta [J. K. Rowling]; 13.Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban [J. K. Rowling]; 14.Uma História Pra Contar [Evandra Hasse].

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